terça-feira, 15 de novembro de 2011

3º Salão de Arte Afro-Brasileira do RS



Em 2011, através do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre - FUMPROARTE, a 3ª edição do Salão promoveu a transversalidade entre município e estado, transformando este espaço permanente de acervo e criação, em um espaço visitado e revisitado. 

Passamos então a ter na nossa agenda, a discussão e a interação entre a identidade social e a produção artística, resgatando as questões da cultura afro-brasileira, como próprias.

Embora evidenciando um cunho local, pois tem Porto Alegre como espaço principal de sua realização, as duas primeiras edições não deixaram de percorrem outros municípios totalizando uma itinerância em nove cidades. A saber: Viamão, Arroio dos Ratos, Santana do Livramento, Caxias do Sul, Canoas, Dom Feliciano, Pelotas, Esteio e Porto Alegre.

Perpassar por diversos municípios com culturas locais distintas, constituiu um mosaico da cultura negra. No momento em que o Brasil, como um todo, através da Lei Federal 10.639 de 10 de janeiro de 2003, esta obrigado a incluir no currículo das escolas a história e a cultura afro-brasileira, esse projeto cresce em importância por promover de uma forma plástica, esta integração.


quarta-feira, 2 de agosto de 2006

2º Salão de Arte Afro-Brasileira do RS


A positiva aceitação e apoio das entidades financiadoras e governamentais, possibilitaram a implementação de outras edições. Em 2006, o Salão retorna com sua 2ª edição em parceria com o Centro Acadêmico Tasso Corrêa do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e abre espaço para o diálogo como uma atividade permanente, criando com suas ações e seu acervo, um espaço de interação e crescimento tanto para os artistas, os acadêmicos e a comunidade em geral.

domingo, 10 de abril de 2005

1º Salão de Arte Afro-Brasileira do RS



A PRESENÇA AFRO NA DIVERSIDADE ARTÍSTICA BRASILEIRA

O projeto Salão de Arte Afro-Brasileiro do RS foi idealizado e promovido, pela primeira vez em 2005, pela produtora cultural Patrícia Brito em parceria com a Associação Satélite Prontidão, entidade associativa e beneficente, fundada em Porto Alegre, no RS em 1902, por algumas famílias da comunidade negra com o propósito de abrigar a cultura negra e seus costumes.

De forma inédita, a proposta do Salão é realizar um mapeamento no segmento das artes visuais da influência e cultura afro na produção artística do Rio Grande do Sul e, propor um encontro com a diversidade étnica à luz da contemporaneidade. 

A mostra se consolidou no Estado, trazendo opiniões acerca do resgate da cultura negra e de uma dívida histórica, mas acima de tudo, serviu de base em consonância com a Lei 10.639/03. 

Por toda contribuição negra no país, é inegável sua presença constante na cultura, história e tradições africanas nos diversos tipos de manifestações artística no Brasil. As cores, os ritmos, os sons e a religiosidade negra por sua expressividade e proximidade cotidiana, acabam por influenciar de maneira muito significativa, não só o modo de vida dos brasileiros, mas servindo sempre de fonte de inspiração e criação para artistas em diversas áreas.   

A estética de influência negra celebra e identifica a profundidade de sua presença na cultura brasileira. A arte negra é resgatada no Rio Grande do Sul, acompanhada de um apanhado da memória cultural de nosso Estado na pesquisa histórica. Conectamos então, educação e cultura, tendo a arte como mediação.

De fato, essa miscigenação criativa que se intensifica no país a quase 500 anos, e que muitas vezes atua de forma inconsciente, mistura-se com manifestações culturais diversas sem o devido mapeamento.

"Entendo que o resgate da imagem da etnia negra brasileira através das diversas manifestações artísticas e culturais, valoriza tanto a etnia negra quanto todas as outras na construção e valorização de uma identidade diversificada." 

Artista homenageado: WILSON TIBERIO.




Wilson TibérioPintor e escultor. Porto Alegre, RS, 1923.
Começou a pintar aos 8 anos. Mais tarde, tornou-se aluno do artista italiano Cursi que o ensinou a manejar técnicas pictóricas. Neste meio tempo começou a esculpir. Em 1943 deixou o Brasil, como bolsista da Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro, após ter participado de três edições de salões de pintura. Falando diversos idiomas, inicialmente foi a Paris, depois viajou pela Itália e outros países da Europa e África. Com o passar do tempo, transformou-se num artista conceituado, participando de inúmeras exposições, inclusive em coletiva ao lado de Picasso, na Galerie Henry Tronchet, Paris, 1951. Em 1973, a crítica italiana Mara de Mercurio escreveu que “na tradição da grande pintura sul-americana de pós-guerra, Wilson Tibério, artista afro-brasileiro, apesar de estar há muitos anos na Europa, coloca-se numa dimensão muito precisa: é um artista de vanguarda, um pintor completo e um homem de seu tempo. As cores densas e pastosas impregnam e aumentam o sentido de todas as coisas.” Em Paris, onde reside, realizou diversas exposições individuais como as realizadas na Galeria Cecile B., em 1998 e 1999. Não consta nenhum registro de suas obras em museus ou instituições no Brasil e, em seu estado natal, é quase um desconhecido, sendo mais um desses casos de desanteção das pessoas que lidam com a questão  da memória no país. 
Fonte: Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul / Renato Rosa e Décio Presser – Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000.

Abertura do 1º Salão de Arte Afro-Brasileira do RS, Memorial do RS, abril de 2005.









quarta-feira, 9 de março de 2005

CINCO PREMIADOS NO SALÃO - PRÊMIO AQUISIÇÃO


Valquíria Saucedo c/ Raízes D'África (pintura).

Paulo Corrêa c/ Gritos da Periferia (pintura).

Marli Nachtigall c/ Mulher Negra (escultura cerâmica).

Leandro Machado c/ S/ Título (instalação em adesivo eletrônico). 

Juliana Cupini c/ Retratos Afrobrasileiros (objeto - movel misto c/ fotografias).